terça-feira, 15 de setembro de 2015

Alerta vermelho



Faz um tempo que coloquei as botas de molho.
Continuo fazendo pautas rurais, sim. 
Continuo apaixonada pelo que faço, sim, mas meio no automático.
Talvez algumas circunstâncias tenham mudado algo, mas sinto que não estou sendo eu faz um tempo.
Se estou, não estou sentindo, estou anestesiada.
Anestesiada pela dor, pelo cansaço, pela correria do relógio, que não me deixa viver, me dá poucos momentos de prazer.

Sabe o filme argentino Relatos Selvagens? As vezes me pego quase explodindo. E me pergunto, pode o ser humano chegar a esse ponto? Ninguém percebe? Ninguém sai por ele? Consegue ele sair dessa sozinho?

No meu caso. Será exagero? Será normal? Todo mundo passa por isso... e se for depressão? Essa vontade de não querer sair da cama.. E se for crise dos 30? Quatro anos mais cedo?

Eu quero trabalhar, mas não quero isso em primeiro lugar. Quero minha família. Quero parar de pagar contas, parar de viver correndo atrás da máquina. A vida é só isso? Ou eu posso fazer o que e me faz feliz? Será que tem alguma coisa de errado mesmo com minha vida ou é a forma como eu estou encarando e o problema está em mim?

Sigo com a dúvida. Sigo calçando minhas botas. Rumo ao campo. Ruma as casas. 

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